sexta-feira, 19 de março de 2010

‘Família deixou de ser porto seguro para criança’, diz psicólogo

Em entrevista ao jornal O Estado de Mato Grosso do Sul, o psicólogo Antônio Figueiredo Pinto Júnior, diz que a instituição não tem mais caráter protetivo e virou um barril de pólvora de potencialmente tóxica. A entrevista é referente ao caso Rafaela, a menina de apenas 3 anos, morta vítima de maus tratos cometidos por sua mãe e padrasto. Recentemente o psicólogo lançou o livro “Inventário de Frases no Diagnóstico de Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes”. Doutor em psicologia escolar e do desenvolvimento humano, ele espera que a obra sirva como um instrumento que auxilie na identificação de casos de violência doméstica, para que sejam evitadas tragédias como a de Rafaela. Segundo Antônio, casos como o da menina de três anos, são mais comuns do que aparentam, pois uma minoria é denunciada. “Este caso permite reconceitualizar a família como instituição potencialmente tóxica e a casa como um barril de pólvora para a criança”. Ele se refere ao caso como mais uma manifestação de modalidade de violência doméstica muito pouco abordada pela literatura científica, a violência fatal em família. Contudo, o fato de ser pouco estudada no terreno científico não quer dizer que seja um fenômeno marginal ou estatisticamente insignificante. [O Estado MS (MS) - 15/03/2010]

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