sexta-feira, 5 de março de 2010

BOLETIM PRIMEIRA INFÂNCIA EM PRIMEIRO LUGAR - 22 fev/ 05 mar

CLIPPING - 22 de fevereiro a 05 de março de 2010

NACIONAL

Índice de doenças crônicas aumenta em crianças

Uma pesquisa recente publicada no jornal da AMA (Associação Médica Americana) revela um dos principais males que atingem as crianças nos últimos anos: as doenças crônicas. Entre asma, obesidade, Distúrbio de Déficit de Atenção e Hiperatividade, problemas crônicos de saúde estão presentes em mais de ¼ da população infantil norte-americana. Há algumas décadas, os problemas que mais chamavam a atenção dos pais em relação à saúde dos filhos eram defeitos congênitos, doenças infecciosas ou possíveis acidentes. No entanto, ao analisar as condições de saúde de cinco mil crianças entre dois e oito anos no período de 1988 a 2006, o estudo revelou que mudanças no estilo de vida das crianças influenciaram no desenvolvimento de muitas doenças. “Há um aumento nos casos ligados a condições comportamentais e psicológicas, como a obesidade e o Distúrbio de Déficit de Atenção, por exemplo. Estas condições estão relacionadas ao tipo de ambiente em que a criança está crescendo”, afirmou o especialista ao jornal norte-americano Los Angeles Times.

O problema no Brasil - De acordo com Carlos Alberto Landi, pediatra do Hospital Samaritano, em São Paulo, as doenças crônicas também estão crescendo entre as crianças no Brasil. “Há alguns anos, por conta das baixas condições nutricionais e de saneamento básico, entre outros problemas, as condições crônicas não eram a maior fonte de preocupação. Tínhamos óbitos por conta de sarampo e poliomielite, por exemplo. Enquanto os quadros primários foram melhorando, os crônicos começaram a demandar maior atenção”, explica o especialista. Para o pediatra brasileiro, mudanças ambientais como a poluição nas grandes cidades e mudanças no estilo de vida contribuíram para o crescimento das doenças crônicas infantis. [Folha do Povo (MS), 26/02/2010]

MARANHÃO

Violência doméstica será notificada no MA

A violência, nas suas mais diversas formas, se constitui um grande peso social e econômico. Para implementar a política de enfrentamento desse problema, a Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de Estado da Saúde (MS), começou a implantar em 121 municípios maranhenses a notificação de Violência Domestica, Sexual e outras Violências. [Jornal O Estado do Maranhão (MA), 02/03/2010]

Implante de ovário dá certo

A dinamarquesa Stinne Holm Bergholdt, de 32 anos, recuperou a fertilidade e deu à luz dois bebês depois de receber um transplante de tecido do próprio ovário. É a primeira vez em que esse tratamento altamente complexo resulta em duas gestações.Claus Yding Andersen, médico dinamarquês que tratou a mulher, disse que o caso demonstra a validade do método de armazenar o tecido ovariano em termos de preservação da fertilidade, o que, segundo ele, deveria ser mais usado para meninas e mulheres jovens que passam por tratamentos capazes de danificar seus ovários. [Jornal E (MA), 25/02/10]

MATO GROSSO

Crianças e adolescentes são maiores vítimas da dengue

O boletim da dengue, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde do Mato Grosso, revela que dos 13 óbitos por dengue confirmados em 2010, 77% são de crianças e adolescentes com idade abaixo dos 15 anos. De acordo com a superintendente de vigilância em saúde, Conceição Villa, o número maior de vítimas na faixa etária de 0 a 15 se deve, basicamente, a dois fatores: o fato do tipo II da doença, o mais virulento, voltar a circular no estado depois de cinco anos sem se manifestar, afetando a população que não teve contato com a doença em anos anteriores, e a forma como a doença reage no organismo humano, sendo mais agressiva e rápida em crianças, gestantes e idosos. [A Gazeta (MT), 04/03/2010]

MATO GROSSO DO SUL

Mais uma criança é vitima de maus-tratos em Campo Grande

Rafaela Dutra de Oliveira Porto, de apenas três anos, morreu na manhã de domingo (28), vítima de maus-tratos. A agressão é atribuída ao padrasto e à mãe da criança. Os dois foram presos em flagrante. A menina apresentava lesões na cabeça e no corpo, conforme atestou o exame feito no IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia). No dia 10 de fevereiro foi registrado boletim de ocorrência na DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) denunciando a violência contra a criança. Em depoimentos, os responsáveis pela vítima apresentaram contradições em suas versões. Diante da suspeita, policiais foram até a residência da família onde encontraram “total desordem”, com sinais de falta de higiene, o que também caracteriza maus-tratos. Segundo a delegada Regina Márcia Rodrigues de Brito Mota, a DEPCA recebe em média, 150 denúncias mensais de violência contra crianças e adolescentes. Foi uma denúncia anônima que levou os integrantes do SOS criança ao caso. No entanto, o alerta não foi suficiente para evitar a morte.

Conselho Tutelar tinha conhecimento do caso Rafaela - No dia 10 de fevereiro, foi registrado o primeiro BO sobre o caso Rafaela. Porém, após entrevistas e exames foi atestado que as lesões encontradas na criança não tinham sido causadas por agressões e os familiares foram liberados. Na ocasião, integrantes do SOS Criança foram até a casa da família para apurar a denúncia. De acordo com a delegada da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), Regina Márcia Rodrigues de Brito Mota, em todos os questionamentos, a menina afirmava ter se machucado caindo da cama. Mesmo assim, Rafaela foi encaminhada para o IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). Após exame, os médicos não puderam afirmar com clareza que a lesão era por maus-tratos. Rafaela então foi entregue ao Conselho Tutelar, que ficou encarregado de encaminhá-la de volta à família. Segundo a Conselheira, que prestou atendimento à família, a criança não tinha comportamento de quem havia sido agredida. “Ela brincava o tempo todo e demonstrava carinho pela mãe”, relatou. Duas visitas foram marcadas com a família de Rafaela, mas por falhas no transporte e falta de disponibilidade de assistente social não foi possível. [Folha do Povo (MS); Correio do Estado (MS); 02 e 03/03/2010]

Conselho de MS apura briga de médicos durante parto em Ivinhema

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul abriu sindicância para apurar a conduta dos médicos que trocaram socos durante um parto no hospital municipal de Ivinhema (345 quilômetros de Campo Grande). A briga atrasou o parto em uma hora e meia, o que resultou na morte do bebê. Os médicos Sinomar Ricardo e Orozimbo Oliveira Neto podem perder o registro profissional. A apuração tem prazo máximo de 60 dias. Ontem (25), Sinomar Ricardo, 68, negou ter invadido a sala de parto e começado a confusão, contradizendo a versão da polícia e da família da criança. “Sou vítima. Eu é que estava na sala e fui agredido ao tentar fazer o parto.’’ A agressão, diz, seria para acobertar o fato de que Neto teria aplicado um medicamento proibido para induzir o trabalho de parto de Gislaine de Matos Rodrigues Santana. Gilberto Cabreira, marido dela, disse que sua mulher não tem dúvidas de quem invadiu a sala. “Ela estava lá e tem certeza de que quem fazia o parto era o doutor Orozimbo.’’ [O Estado MS (MS); Correio do Estado (MS); Folha do Povo (MS); O Progresso (MS); 26/02/2010]

Funai deixa população indígena sem registro civil

Contrariando a campanha do próprio Governo Federal, pela mobilização nacional em prol do Registro Civil, a Funai (Fundação nacional do Índio) em Mato Grosso do Sul, deixou de emitir o documento aos recém-nascidos, bem como as crianças e até adultos, o que dificultou o acesso aos programas sociais do Governo. A denúncia é do líder indígena guarani, Carlos Garcia, da Aldeia Lima Campo, que fica entre Dourados e Ponta Porã. Segundo ele, sem o documento, além de não ter acesso aos benefícios do Bolsa Família, por exemplo, os indígenas ficam fora de serviços que exigem documentação, como abertura de contas em banco, matrículas na faculdade e emissão da carteira de motorista. Naquele local residem 51 famílias; 24 delas tiveram problema em conseguir o registro civil. Sem direitos às ajudas sociais, os indígenas estariam passando fome. Segundo eles, a cesta básica destinada pela Funai estaria atrasada desde dezembro. O resultado disso é a desnutrição, que já estaria preocupando quatro famílias no local. Nenhum funcionário da Funai foi localizado pra esclarecer o assunto. Informações extra-oficiais, porém, dão conta de que o serviço estaria parado temporariamente até a nomeação da nova coordenadora da Fundação. [O Progresso (MS), 21/02/2010]

PARAÍBA

Estado deve vacinar 91 mil crianças

A Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES) deve começar a ministrar na próxima segunda (08) a vacina pneumocócica 10-valente, responsável por imunizar a criança contra pneumonia, otites, artrites e cerda de 70% dos tipos de meningites. Devem ser imunizadas 91 mil crianças com menos de dois anos de idade. Dados do Ministério da Saúde (MS) mostram que, entre 2000 a 2008, mais de 7,1 milhões das internações por pneumonia foram de crianças com menos de cinco anos de idade. Ainda segundo o MS, o pneumococo tem sido o principal causador de infecções em recém-nascidos e crianças de até dois anos de idade. [Correio da Paraíba (PB), 05/03/2010]

PARANÁ

Exames de vista gratuitos para crianças

Criado em 2006, o projeto ''Primeiros Olhares'' já atendeu mais de mil crianças com idades entre três e seis anos assistidas pelos Centros de Educação Infantil (CEI) de Londrina (PR). Uma vez por mês, uma equipe de cerca de 20 voluntários, médicos residentes e funcionários do hospital, vão a uma unidade selecionada pela Secretaria Municipal de Educação e realizam gratuitamente exame completo de vista nas crianças. O objetivo é a prevenção, orientação e encaminhamento oftálmico. Por volta de 60 a 80 crianças são atendidas por campanha. O projeto é uma iniciativa que dá continuidade ao trabalho iniciado em 2002 pelo programa federal ''Pequenos Olhares'', que atendia crianças de sete a onze anos. [Folha de Londrina (PR), 05/03/2010]


PERNAMBUCO

Banco de leite em busca de doações

O único banco de leite materno de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, está instalado na maternidade do Hospital Jesus Nazareno e funciona, atualmente, com 23 litros do líquido no estoque. Porém, de acordo com a unidade hospitalar, são utilizados de dois a três litros do produto por dia, que servem para alimentar recém-nascidos com baixo peso, prematuros ou com doenças gástricas. Para atingir a capacidade atual de armazenamento, foi preciso juntar as doações dos últimos cinco meses. As coletas foram feitas por 95 doadoras que estavam na unidade aguardando a liberação dos filhos. O problema é que quando os pequenos recebem alta médica, dificilmente as mães continuam doando o leite, segundo a enfermeira Nádia Duarte. Destas 95 mulheres, apenas uma se tornou doadora fixa e por isso o hospital está em busca de mães interessadas em contribuir. O cadastro de novas doadoras deve ser feito, preferencialmente, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. O serviço é prestado na própria maternidade. O telefone do banco de leite do Hospital Jesus Nazareno é o 3719-9338.

Febre Amarela - Mulheres que estão amamentando bebês com até seis meses de idade devem evitar tomar a vacina contra a febre amarela, de acordo com recomendação do Ministério da Saúde. O alerta foi feito em janeiro, após a identificação de dois casos de recém-nascidos, filhos de mães vacinadas, que apresentaram sintomas de problemas neurológicos. Eles tiveram encefalite (inflamação no encéfalo), mas passam bem e não tiveram nenhuma sequela, disse o ministério. A investigação dos casos, ambos no Rio Grande do Sul, apontou que a causa do problema pode ter sido a transmissão pelo leite materno do vírus presente na vacina. [Folha de Pernambuco (PE), 24/02/2010]

Bebês sairão da maternidade com certidão

Todas as crianças que nascerem em maternidades públicas da Região Metropolitana do Recife já sairão da unidade de saúde com as certidões de nascimento. A decisão foi tomada durante uma reunião realizada na terça-feira, 23, entre o corregedor geral de Justiça, o desembargador Bartolomeu Bueno de Freitas, e gestores do programa Minha Certidão, da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco. A aceleração do programa foi feita porque muitos bebês acabam não tendo o registro civil pela dificuldade dos pais de chegaram ao cartório. Ou ainda, são registradas nas cidades de origem dos pais e não no local onde nasceram. Até agora, somente as maternidades Barros Lima e Agamenon Magalhães estão fornecendo as certidões através de plantões do Cartório de Santo Amaro. De acordo com a corregedoria, ainda este semestre outras 61 maternidades e 87 cartórios estarão realizando o procedimento. [Diário de Pernambuco (PE), 24/02/2010]

SÃO PAULO


Medidas simples reduzem infecções em UTI neonatal
Estudo realizado no hospital municipal e maternidade Oswaldo Nazareth, no Rio de Janeiro (RJ), mostra que medidas que não demandam gastos, como higienização adequada das mãos, implantação correta de cateteres e acurácia no diagnóstico da infecção generalizada, podem reduzir a ocorrência de infecções em UTIs neonatais. Após reforço no treinamento dos profissionais da unidade estudada, o índice de bebês com infecção caiu de 62% para 34%, enquanto o de sepse passou de 47% para 23%. Houve ainda a diminuição do tempo médio de permanência na UTI neonatal de 30 para 20 dias. O uso de antibióticos também caiu de onze para seis dias e a porcentagem dos bebês que precisam tomar o medicamento foi de 70% para 55%. [Folha de S. Paulo (SP), Rachel Botelho, 05/03/2010]

Contato com pais acelera alta de recém-nascidos

Estudo sueco que envolveu 366 bebês prematuros concluiu que bebês cujos pais não tinham restrições de horário para permanecer com eles na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) tiveram o tempo de internação reduzido. Os índices caíram cerca de 5,3 dias nos bebês que recebiam o cuidado dos pais o dia todo – de 32,8 dias para 27,4 dias, em média. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) encoraja o acesso dos pais aos bebês na UTI, respeitando as normas de cada hospital. Jucille Meneses, do Departamento de Neonatologia da SBP, afirma que isso aumenta o vínculo mãe-filho, o que ajuda na amamentação e na recuperação da criança. [Folha de S. Paulo (SP), 05/03/2010]

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