Primetime Child Development, que usa método de Harvard, é a mais cara de SP, diz pesquisa
FABIANA REWALD
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma escola que não gosta de ser chamada de escola, que não tem sala de aula e que acredita que crianças de zero a três anos estão no ponto máximo de desenvolvimento intelectual. No Primetime Child Development, que se autodenomina um "learning center" -algo como centro de aprendizagem-, os bebês devem aprender a cada segundo, seja na hora do banho ou da alimentação.
Segundo levantamento do recém-publicado "Guia Escolas 2010", feito com 185 escolas, o Primetime, que fica na zona oeste, cobra a maior mensalidade da cidade de São Paulo -que tem 3.730 colégios, de acordo com os dados mais recentes, de 2006.
Criado há três anos, bilíngue e com apenas 36 alunos, o Primetime chega a custar R$ 5.388 mensais para um período de 11 horas diárias.
A mensalidade depende da carga horária e começa em R$ 2.996, para quatro horas diárias. O valor inclui alimentação e o material usado -que, em sua maior parte, do creme dental aos livros e brinquedos do playground, é importado.
A ideia, afirma o diretor Eduardo Bruder, é oferecer o que há de melhor para as crianças. Caso o melhor for fabricado no exterior, o Primetime traz para o Brasil.
Arquitetura
Ganhador de prêmios nacionais e internacionais de arquitetura, o prédio foi projetado por Marcio Kogan para se adaptar totalmente às necessidades dos bebês.
Não tem degraus, só rampas; os pisos internos são aquecidos, e os externos, emborrachados; o lactário tem sistema especial de circulação de ar para melhor higienização das mamadeiras; as janelas ficam na altura da visão das crianças.
O diretor ressalta, no entanto, que, mais importantes que a estrutura, são a formação da equipe e a metodologia. "O prédio está a serviço de um conceito", afirma Bruder.
O método de ensino se baseia no Projeto Zero da Universidade Harvard (EUA), que tem como missão entender e melhorar o aprendizado, o pensamento e a criatividade. Princípios da neurociência são aplicados a todas as atividades, das brincadeiras à troca de fraldas.
As turmas têm no máximo três crianças para que "o potencial de cada uma delas seja desenvolvido ao máximo" -frase que é quase um mantra, repetido pela direção e por pais de alunos.
As educadoras -não ouse chamá-las de tias- têm ensino superior e passam por um curso de um mês para se familiarizar com a metodologia.
A menor
No outro extremo do levantamento do "Guia Escolas", a Escola Técnica Sequencial, na zona sul, tem a menor a mensalidade -a partir de R$ 160.
Ela oferece cursos técnicos para quem se formou no ensino médio e aulas de supletivo para aqueles que ainda precisam terminá-lo.
Publicado por:
Folha de S. Paulo, Cotidiano
Em 25/2/2010
Enviado por:
Tamara Gonçalves
Projeto Criança e Consumo - Instituto Alana
Tel: +55 11 3472-1608
tamara@alana.org.br
FABIANA REWALD
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma escola que não gosta de ser chamada de escola, que não tem sala de aula e que acredita que crianças de zero a três anos estão no ponto máximo de desenvolvimento intelectual. No Primetime Child Development, que se autodenomina um "learning center" -algo como centro de aprendizagem-, os bebês devem aprender a cada segundo, seja na hora do banho ou da alimentação.
Segundo levantamento do recém-publicado "Guia Escolas 2010", feito com 185 escolas, o Primetime, que fica na zona oeste, cobra a maior mensalidade da cidade de São Paulo -que tem 3.730 colégios, de acordo com os dados mais recentes, de 2006.
Criado há três anos, bilíngue e com apenas 36 alunos, o Primetime chega a custar R$ 5.388 mensais para um período de 11 horas diárias.
A mensalidade depende da carga horária e começa em R$ 2.996, para quatro horas diárias. O valor inclui alimentação e o material usado -que, em sua maior parte, do creme dental aos livros e brinquedos do playground, é importado.
A ideia, afirma o diretor Eduardo Bruder, é oferecer o que há de melhor para as crianças. Caso o melhor for fabricado no exterior, o Primetime traz para o Brasil.
Arquitetura
Ganhador de prêmios nacionais e internacionais de arquitetura, o prédio foi projetado por Marcio Kogan para se adaptar totalmente às necessidades dos bebês.
Não tem degraus, só rampas; os pisos internos são aquecidos, e os externos, emborrachados; o lactário tem sistema especial de circulação de ar para melhor higienização das mamadeiras; as janelas ficam na altura da visão das crianças.
O diretor ressalta, no entanto, que, mais importantes que a estrutura, são a formação da equipe e a metodologia. "O prédio está a serviço de um conceito", afirma Bruder.
O método de ensino se baseia no Projeto Zero da Universidade Harvard (EUA), que tem como missão entender e melhorar o aprendizado, o pensamento e a criatividade. Princípios da neurociência são aplicados a todas as atividades, das brincadeiras à troca de fraldas.
As turmas têm no máximo três crianças para que "o potencial de cada uma delas seja desenvolvido ao máximo" -frase que é quase um mantra, repetido pela direção e por pais de alunos.
As educadoras -não ouse chamá-las de tias- têm ensino superior e passam por um curso de um mês para se familiarizar com a metodologia.
A menor
No outro extremo do levantamento do "Guia Escolas", a Escola Técnica Sequencial, na zona sul, tem a menor a mensalidade -a partir de R$ 160.
Ela oferece cursos técnicos para quem se formou no ensino médio e aulas de supletivo para aqueles que ainda precisam terminá-lo.
Publicado por:
Folha de S. Paulo, Cotidiano
Em 25/2/2010
Enviado por:
Tamara Gonçalves
Projeto Criança e Consumo - Instituto Alana
Tel: +55 11 3472-1608
tamara@alana.org.br
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