Com relação ao tema das "Políticas Públicas a Favor da Criança", as apresentações foram dinâmicas e curtas, mas riquíssimas em conteúdo, tendo a representante do MEC apresentado as principais políticas públicas brasileiras, destacando o desafio de se criar uma identidade da educação infantil no Brasil, como espaço não da "preparação para a escola" mas de direitos da infância. Em seguida a Conselheira francesa trouxe um panorama das políticas públicas francesas atuais - assentadas em alguns pilares tais como o suporte à família para que esta possa optar por ser o principal ambiente de formação da criança até 3 anos, e o suporte a instituições como as creches, os jardins de infância e as escolas maternais, sendo estas últimas voltadas, diferentemente do Brasil, à introdução da criança de 3 a 6 anos no mundo da educação formal - mostrando, ainda, o longo processo (de mais de 2 séculos) de consolidação dessa identidade da primeira infância. Em seguida tivemos a explanação da professora Maria Malta que sinalizou a importante contribuiçao do campo da Sociologia da Infância na identificação de deficiências e desafios ainda presentes no cenário brasileiro como, por exemplo, a pouca atenção dada à transição da criança do ambiente de assitência e acolhimento das instituições de primeira infância para o ambiente educacional da escola.
Do debate aberto em seguida, trazemos para a rede dois questionamentos para que possamos contribuir com nossas opiniões, ampliando a discussão.
1 - O índice de matrícula das crianças de 3 a 6 anos nas escolas maternais da França é 100%. Esse dado fica ainda mais impressionante se considerarmos que esta marca foi alcançada sem que se optasse, em momento algum, pela obrigatoriedade da matrícula. Que tal pensarmos em estratégias para que o Brasil pudesse se aproximar desse patamar? Claro, considerando as diferenças históricas, geográficas e mesmo culturais.
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